domingo, 4 de janeiro de 2009

Ploc


Hoje estávamos indo para a praia e ouvindo música, o tempo todo ouvimos música nessa família, é tão combustível daquele carro quanto a gasolina ou o álcool. Papai pegou um CD de mp3 que eu fiz há um tempo atrás com músicas variadas que poderiam ser do gosto deles, é o CD salva-vidas quando a gente esquece os outros em casa. E lá fomos nós com Beatles, Carpenters, Bee Gees, Beach Boys, a caminho de Porto Seguro. Tudo lindo e eu cantando junto, porque apesar de tentar fazer o CD no gosto dos meus pais sou eu quem mais ouço essas músicas, que na verdade tenho o gosto velhinho também. Cantava enquanto observava a paisagem de pastos e árvores e tudo verdinho que ia passando, quando de repente o player brinda meus ouvidos com Bonnie Tyler e seu Eclipse. Juro que até aquele momento tudo estava muito bem, normalzinho, gosto muito de todas as músicas que eu coloquei no CD e estava ouvindo todas com gosto. Mas a rouquidão de Bonnie quebrou meus joelhos, balançou meu coração e me lembrou de como eu gosto de música pop cafona dos anos 80! (o que é uma GRANDE redundância)

Veja bem, eu nasci no meio dos anos 80, exatamente em 1985. Quando essa década acabou eu tinha só 5 anos e apesar de ter uma boa memória, eu não conhecia muito de música naquela época, nem rádio nós tínhamos em casa. Então como eu vou explicar a saudade que eu sinto quando ouço A-Ha, Phil Collins, Michael Jackson, Cyndi Lauper (sim, até Cyndi Lauper), Duran Duran e a própria Bonnie Tyler? Na verdade, basta um teclado com sonzinhos psicodélicos, uma batida daquelas típicas e uma voz cheia de eco, e eu já entro no clima. E se for agitada já me dá vontade de sair dançando, coisa não muito comum com músicas de outras épocas porque eu não sou muito de dança. Mas se é pra dançar, que seja logo com Pat Benatar ou Kenny Loggins. Se é pra chorar que seja com Bonnie Tyler ou Lionel Richie. Se é pra extravasar que seja logo com Cyndi Lauper ou Culture Club. Aliás, acho que quando é para ser extrema em qualquer circunstância melhor recorrer a uma trilha sonora oitentista. Acho que deve ter sido a década mais "extremista", e não só na música. Se estava na moda roupas mais masculinizadas, a mulher vestia logo um terno com direito a gravata e tudo; se o biquini era pequeno, que fosse minúsculo; se, ao contrário, o cabelo tinha que ser volumoso que fosse de verdade! Do tipo que hoje nos vemos ou vemos nossas mães em fotos daquela época e pensamos "o que passava na cabeça dessa gente pra sair assim de casa?" E a gente sabe que era tudo sem a menor vergonha ou culpa e as pessoas eram felizes daquele jeitinho. E acho que tenho saudades de ser feliz despreocupadamente.

E quanto a música, ninguém se preocupava se ia vender milhões com seu disco, mas cantava exatamente o que gostava de cantar. E fazia sucesso, tocava nas rádios e todo mundo conhecia. As músicas não eram todas iguais e as bandas nem precisavam se preocupar em serem diferentes, era natural ser diferente. Ser diferente estava na moda e todo mundo era livre pra ser como quisesse e fazer o que quisesse. Inclusive músicas cafonas. E a gente era livre pra ouvir. E acho que hoje, toda vez que ouço essas músicas, me sinto mais livre pra ser como eu quiser. Infelizmente não posso mais sair por aí usando saia de tule, polaina com All Star, roupas de cores chocantes e ombreiras exageradas, e ainda parecer uma pessoa normal. Mas ouço a música e entro no clima. E finjo que posso tudo.

Imagem: deviantart

13 comentários:

Dulce Miller disse...

Total eclipse do coração! \o/

Esses dias eu ia andando na rua com os fones no ouvido e tocava essa música no rádio... e eu parecia flutuar enquanto caminhava...
Entendo a sensação que você sentiu ouvindo essas músicas, com a diferença que eu vivi e principalmente ouvi toda a década de 80!
Saudades, muitas!

Beijos, Lô!

Leandro Neres disse...

Eu juro q qdo começou tocar essa música eu dei pause logo no começo, ahaha!
Adorei tua reflexão e o fato de curtir os anos 80! \o/

Lorena disse...

Ha, eu não deiva ter deixado na rodagem automática! hahaha!

Leandro Neres disse...

Eu dei logo um pause pq ela dá uma tristeeeza e dor daquelas q me lembram discoteca e fim de baile sem beijo, bem no comecinho dos anos 90 ahuuhauhaa

Francine Esqueda disse...

É ISSO AI lore!!!
Musica é tudo de bom, para todos os dias, qualquer clima e em qualquer situação! Tem hora e época pra tudo!
Inclusive, quando quiser podemos trocar dicas sobre músicas! Quero saber o que vc anda ouvindo???
Eu estou escutando muito mais coisas além de:
Mercy. Duff
Amado. Vanessa da Mata
Tchubaruba. Malu Magalhães
Pa Bailar. Julieta Venegas
Make it mine. James Mraz
That's Not My Name. Ting Things
Me A. The Music. Britney e Madonna
Disturbia. Rihanna
Pumpkin Soup. Kate Nash
Smile. Lily Allen

Ah!! E vc quer ter DUAS GRAVIDEZES??? Se quer um conselho: Tenha uma só...rs
Mas se quiser duas crianças, tenha uma GRAVIDEZ de cada vez!
É feio e soa bem mal, mas o plural de gravidez é gravidezes. Assim como o plural de vez é vezes, mês é meses, feliz é felizes... e assim por diante!

bjos

Anônimo disse...

Ai ai, eu sei bem o que é isso. Músicas dos anos 80 que dão saudades dos momentos que nem vivi intensamente aquelas letras e sons que se misturavam no tempo... Ah, sauudades de tudo isso, eu sei muito bem!!!

Beijão, Flor!!!

Não consigo parar de ouvir essa música... Adoooro!! \o/

Maya disse...

Minina, eu só descobri os grandes hits dos anos 80 no fim dos anos 90, acredita? XD Viva a rádio Antena Um!!!

Juca disse...

Acabei de fazer uma viagem, mas diferente daquela do filme "De volta ao futuro"! A minha foi "De volta ao passado", mais precisamente de volta aos anos 80. Eita época boaaaaaaaaaaaaaaaaaa!! Tudo isso e mais um pouco do que você descreveu! Ai, ai, ai!

E aqui em Sampa tem uma festa, se não me engano semanal, chamada Trash 80's, onde tocam apenas músicas dos anos 80 (cafonas ou não). É diversão garantida! rsrs

Beijos, Lorena!

PS: Lembra do look do Travolta no filme Os embalos de sábado...? Pois é, eu useiiiiiiiiiiiiii!! kkkkkkkk

Anônimo disse...

Adoro!! Antena 1 é minha rádio favorita, que aliás, cresci ouvindo. De vez em quando bate uma nostalgia e eu recorro aos hits dos anos 80 e faço minha sessão retrô.

Está lindo o seu layout. ;)

bjs

Letícia disse...

Dizem que a década de 80 foi decadente em termos de música. Eu não acho. Tem os Smiths, The Cure, Tears For Fears e outras coisas mais. E também a Cindy Lauper - que eu ouvia sem parar. Tenho três cds dela e ouço ainda. A Madonna era legal naquele tempo, mas hoje tá mais pra Dercy Gonçalves - que Deus a Tenha. Eu também sou antiga em termos de música. Adoro Carly Simon e Carpenters e ouço música romântica tipo "vou me matar". Gosto de música (Excluo algumas coisas que pra mim não são música). E A-Ha é muito bom mesmo. Lifelines é um dos meus favoritos.

E Lori, somos amigas de infância e não sabemos disso. Com uma diferença de uma década na frente. Mas nascemos do mesmo tempo.

Bjs. =)

Mari disse...

Lore,
sou filha dos anos 80. Nasci no comecinho da década de 70. Fui adolescente/adulta nos anos 80 e não me recuperei. Fui mordida pela febre brega-cult do som dos anos 80. Não tem remédio pra isso! Cafona? Muito! Alienada? Demais! Mas, nada igual ao Depeche Mode na vida!!
bjos!!!

Natália disse...

Bom, eu nasci já em fins de 80, mais precisamente em 87, mas adoro música brega dos anos 80, tanto as nacionais quanto as internacionais.

Pode parecer saudosismo (de uma época em que eu nem vivi), mas, definitivamente, hoje em dia não se produz coisas como nas décadas de 50, 60, 70 e 80.

Eu adoooro toda essa velharia. Festa retrô é comigo mesmo. E com muuita Cyndi Lauper, senão não tem a menor graça.

Beijo, querida

Luana! disse...

E eu nasci tb em 85, mas so vim descobrir musica aos 20 anos, com influências de amigos universitários. Até essa idade, eu so acompanhei musicas da década de 70, q a minha irmã mais velha ouvia.

Musica, entao, nao era meu motriz, ao contrário da literatura. Hoje, eu ja nao vivo sem musica, tanto qto sem literatura. Sem meus ouvidos e meus olhos!

Bjoo