segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Meu tempo.


Pois é, resolvi descansar do blog. E dessa vez é por tempo indeterminado. Sem grandes motivos, estou apenas passando por uma fase em que não sinto vontade de vir aqui sempre... E vir por obrigação simplesmente não dá.

Não vou fechar o blog, como passou pela minha cabeça, porque ainda espero voltar a sentir vontade de escrever e compartilhar as coisas com vocês. E não vou me esquecer de ninguém; vocês todos moram no meu coração.
=)

Até mais ver. o/

domingo, 2 de agosto de 2009

Seis coisas que me fazem feliz

E hoje eu recebi um meme da Cris. Eu geralmente adoro responder memes porque gosto demais de pensar nas propostas e nas perguntas que eles fazem, de viajar dentro de mim atrás das respostas, de parar e pensar um pouco sobre o que eu sou, como eu sou, o que eu gosto... entendem? Não sei quantos gostam desse tipo de coisa, mas eu gosto. A proposta do meme de hoje, então, me deixou ansiosíssima (esse superlativo existe?) pra escrever minhas respostas, mas especialmente para pensar sobre elas. Sobre as seis (por que tão pouco?) coisas que mais me fazem feliz.

Eu me considero uma pessoa naturalmente feliz. Não sou dada ao mau-humor, raramente me irrito a ponto de perder a calma e a paciência e nunca tenho um olhar pessimista sobre nada, nunca. Posso ser melancólica, mas isso não me impede de ser otimista, de otmismo mais sereno e menos efusivo. Mas algumas coisas em especial são capazes de desperta um estado superior ao "feliz-feliz", esse do diariamente. Algumas coisas realmente me empolgam, me deixam com brilho no olhar e sorrindo feito besta, apenas por estarem na minha vida. E esse é meu estado "simplesmente feliz" de ser (como Sally Hawkins em Happy.Go.Lucky).

Tá bom, após esse monte de introdução ao assunto, vamos aos seis motivos da minha felicidade suprema:

* Família.


Clichê, eu sei. Minha família não é perfeita (e quando eu falo família, estendo aos avós, tios, primos e parentes distantes mais próximos). É tão cheia de altos e baixos que se nos deixamos levar ficamos exaustos só de observar, mesmo sem fazer parte dos problemas. Mas eu acho que é justamente essa a graça da coisa. Não gostaria de ter uma família perfeita. Gosto que ela seja grande e unida, mesmo quando isso se torna um inconvenitente, o que não é raro. Não é raro ter sua vida esmiuçada na mesa do jantar na Ceia de Natal, caso eles achem que você deu um motivo para isso. Mas também é nessas horas que você sabe que eles se importam realmente.
Eu adoro minha família barulhenta e indiscreta, gosto das piadas de todos os Natais, das brincadeiras, da rede de solidariedade digna de uma ONG de Direitos Humanos, das risadas e dos abraços depois de tanto tempo estando longe. Adoro ter pessoas que eu amo e que me amam na minha vida.

* Amigos


Sim, sim, eles também não podem ficar fora da lista. Eu digo que meus amigos são minha família do coração. E são mesmo. Durante a vida toda eu tive a sorte e o privilégio de conhecer pessoas únicas, que me presentearam com a sua convivência e amizade. Muitas delas já passaram, estamos e ficamos distantes e hoje não mantemos mais contatos. Mas não tenho mágoa nenhuma e nem ressentimento, e nem acho que fomos menos amigos porque hoje não o somos mais. Eu sei guardar cada momento especial com o carinho que ele merece. A vida não é obrigada a nos manter unidos e íntimos para sempre. Continuamos caminhando e encontrando novas pessoas importantes e fazendo amizades incríveis. E eu coleciono todas elas em um espaço especial do meu coração.

* Biologia


Quando eu digo que a Biologia é só uma das opções que me deixariam realizadas profissionalmente, eu não estou desmerecendo o lugar dela como geradora de felicidade na minha vida. O fato de eu ter escolhido justamente esse caminho já a deixa num patamar acima das outras opções. E por eu estar satisfeita com a minha escolha é que eu fico feliz.
Eu gosto de bichos desde que me entendo por gente. Já contei histórias aqui no blog sobre a minha relação com eles, em como sempre tive um contato forte com a natureza e como sempre me interessei por ela, de um modo geral. Quando eu era criança, animais faziam parte da minha vida de toda a forma, desde meu cachorro de estimação às formigas que eu usava como população dos meus castelos de areia e competidoras da minha piscina olímpica feita de lama e água. Por incrível que pareça, na maioria das minhas lembranças infantis existe um animal como figurante. De certa forma, lidar com eles era fácil pra mim, sempre foi. E estudá-los é minha paixão desde a sexta série e o livro de capa verde onde a gente lia "Os Seres Vivos".
Mas eu vou dizer uma coisa que talvez pareça um paradoxo: quanto mais eu estudo, menos satisfeita eu fico e nunca me sinto completa. Mas é fácil de entender. É só pensar que todo trabalho feito até hoje é uma migalha perto do tanto que ainda está por fazer.

(e é melhor parar por aqui, porque quando eu me empolgo não paro mais)

* Livros


Uma coisa que eu sempre disse, também desde que me entendo por gente: quando eu crescer, vou ter uma biblioteca. Um dos meus sonhos de infância, e minha imaginação flutuava só de me imaginar rodeada de livros um dia! Eu sou apaixonada por papel e palavra impressa. Gosto do cheiro e do barulho das páginas passando, das diferentes texturas de capas e, claro, de tudo de incrível que um livro pode conter. Sabe uma coisa que me deixa inexplicavelmente feliz? Andar devagarzinho pelos corredores de uma livraria, só respirando o cheiro de livro novo... Ao mesmo tempo, amo bibliotecas recheadas de livros antigos, acho até que a poeira dos livros é menos maléfica aos meus pulmões, porque aspiro a camada de pó com vontade, só pelo prazer de estar num lugar assim. Me encanto com livros antigos, edições raras e papel quase se desfazendo. Ando pelos corredores da biblioteca procurando os livros mais velhos, só pra poder sentir o "peso" deles em minhas mãos e pensar quem já leu aqueles mesmos volumes que eu seguro... Adoro sebos e livros que já tiveram vários donos, que contenham dedicatórias interessantes ou qualquer marca-páginas esquecido dentro deles. Nesses casos, a história que o livro contém é um detalhe; eu gosto mesmo de imaginar a história do livro em si!
Enfim, sou apaixonada por livros, mesmo os que eu nunca li. Comecei minha biblioteca e já tenho três prateleiras completas... É um começo.

* Música


É a minha única atividade diária totalmente previsível. Eu ouço música todos os dias. Algumas vezes eu sinto uma necessidade física, física mesmo e inexplicável, de música entrando pelos meus ouvidos. Algumas vezes é alguma música específica, algo que já comprovei pela prática ser eficaz no tratamento do mal momentâneo; outras vezes é apenas a presença do som, algo que me agrade e satisfaça a minha vontade. Mas eu sei que sem música a minha vida seria muito, mas muito mais triste! É algo que me satisfaz, me hipnotiza e altera meu estado de espírito rápido e facilmente; posso dizer que é um combustível para mim, com toda certeza!

* Cinema


Não é difícil perceber o quanto o cinema me influencia, basta dar uma olhada no meu blog. Assim como a música, ele está presente na minha vida diariamente. Posso não assistir a filmes diariamente, posso até ficar um bom tempo se ver filme nenhum, e ainda assim o cinema vai estar na minha vida todos os dias. Como? Nos livros que eu leio, nas músicas que eu ouço, nas minhas conversas com os amigos, nos blogs e comunidades do orkut que eu participo, até nos enfeites do meu quarto e, claro, na minha coleção de DVDs.
Não sei explicar porque gosto tanto de cinema. Nunca quis ser cineasta, apesar de achar interessante estar envolvida no meio e de gostar imensamente de conhecer os detalhes técnicos dos filmes. Nunca escrevi um roteiro, nunca filmei nada, não tenho talento nenhum pra isso, não consigo nem me imaginar juntando cenas e cenas e transformando aquilo em um enredo que faz sentido. Definitivamente, não é por essa identificação que sou apaixonada por filmes. Não sei que magia me prende, só sei que me rendo completamente à sétima arte. Um filme bem feito, um enredo bem estruturado e atuações perfeitas me emocionam. O filme nem precisa ser triste ou emocionante, eu me comovo com a grandiosidade do que está sendo feito diante dos meus olhos. Por isso muitas pessoas não entendem meu gosto para filmes. Não sou mesmo muito convencional, mas não tem problema que não entendam. O mais importante, pra mim, é o meu sentimento. E é através do cinema que eu mais exercito a minha capacidade de sentir
. Vai entender porquê!
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Eu adorei responder a esse meme. Sei que o post ficou extenso, mas eu sempre me empolgo a falar das coisas que me deixam feliz, sempre! Não vou repassar a ninguém em especial, mas gostaria muito que meus amigos respondessem também. Adoraria saber o que faz vocês felizes. =)
E então?



sexta-feira, 31 de julho de 2009

Sobre o mar

Semana passada eu estive no mar. Adoro o oceano, porque ele me faz sentir viva, o cheiro do mar é revigorante e me dá energia. Gosto de caminhar pela areia branquinha em direção à água, bem suavemente, devagar, com calma. Não adianta muito ter pressa, porque correndo a gente não sente realmente. E eu gosto de sentir os grãos de areia massageando cada ponto sensível dos meus pés; gosto sentir o calor que vem do chão e o susto que meus pés levam quando a primeira onda gelada quebra bem em cima deles, bem em cima da areia que estava quente. É um sentimento de felicidade, essa surpresa.

Pois eu estive no mar e o dia estava tão ensolarado e quente, que a luz do sol refletida na areia me deixava meio tonta. Fui andando em direção à água atraída pelo aroma e cega pela luz, sem ver muito bem por onde andava, só sentindo aquele desprendimento de corpo que a gente sente, especialmente, perto do mar. E foi aí que por falta de enxergar o chão pisei em algo pontiagudo que entrou na sola do meu pé. Que dor! Assim, bem de repente, num instante eu desfrutava da delícia do momento e no seguinte só conseguia me concentrar na dor. Eu não vi o que me machucou. Procurei na areia branquinha por algo diferente, algo que não fosse um grão de sílica e que pudesse ter magoado minha pele. E não vi nada. Nada diferente que pudesse ter me machucado. A areia continuava branca, a sola do meu pé também, porque nem marca ficou. Tudo igual. Em volta, as pessoas continuavam se dirigindo ao mar ou voltando dele, conversavam, sorriam, encaravam o sol e seguiam andando. O mundo continuava o mesmo, a não ser pela dor aguda bem no meio do meu pé e aquele sentimento de quem foi traída no momento de maior desprendimento: quando o amor era puramente gratuito.



Imagem: deviantArt

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Selinhos e Memes - O Retorno

As férias estão boas, como há tempos não acontecia! Por isso, e por preguiça também, que eu confesso ser meu pior pecado, ando meio fora do mundo virtual. Ando pelo mundo real, não que o nosso não o seja; mas ando de fato, e isso tem me feito um bem danado! Uma pena que tudo isso já esteja acabando e as obrigações já estão começando a bater na porta. Mas ainda tenho um tempinho e pretendo continuar aproveitando as caminhadas e explorações diárias do mundo ao meu redor. =)

Mas para mostrar que não esqueço de vocês, por mais sumida que eu esteja, vou repassar dois selinhos que recebi por esses dias.

Esse eu recebi da Duzinha e do Vidal. Eu fiquei honrada pela lembrança, até porque esses dois blogueiros queridos sempre mexem muito com os meus sentidos! Obrigada mais uma vez aos dois. =)
E o selo vem acompanhado de regras e um meme que eu tenho que responder:

1) Indicar os 10 blogs que mexem com os seus sentidos;
2) Dizer 5 coisas que mexem com seus sentidos nesse momento;
3) Linkar quem te deu o selo e exibir no blog.

Os 10 blogs que receberão o selo:

- Afeto Literário
- Entre Marés
- Fala Dela
- Senta que lá vem a história...
- Diários de Filosofia
- A Turma do Amigão
- Sapatilhando
- Meu Conto de Fadas Particular
- Um Pouco de Bossa
- Doida e Santa

Tantas coisas mexem com meus sentidos que é até difícil me ater a só cinco! mas vamos lá...

- Cheiro de terra molhada pela chuva;
- Um bailado bem colorido e cheio de movimentos;
- Risada de criança;
- Um abraço apertado de alguém que mora distante;
- Beiju de brigadeiro... delícia!

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A Mari também me passou um selinho que eu adorei:

Mari, eu adorei o selo! Também vale muito a pena ficar de olho no seu blog. =)
Tenho que indicar o selo para cinco blogs, então são eles:

- Vovó Rô
- Mera Distração
- A Moça do Sonho
- Re-novidades
- Cinema e Bobagens

E agora tem o meme:

Uma música mágica: "Gold Dust", Tori Amos.
Um filme mágico: "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain". Vou no óbvio, mas vários filmes me cativaram pela magia...
Uma viagem mágica: Todas nas quais eu fui apresentada a algo novo. Acho a novidade fascinante!
Um acessório de maquiagem mágico: Mágico? Sou uma péssima maquiadora, nada nas minhas mãos se torna mágico! Mas minha mãe tem um negócio... um pó iluminador. Se eu soubesse usar, ficaria lindo. Mas sou péssima...

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Volto agora ao marasmo dos últimos dias de férias. Uma ótima semana a todos vocês.

=)

terça-feira, 21 de julho de 2009

Boletim Ocasional #1 e algo mais.

Como disse que passaria por aqui, quando em vez, pra dizer o que ia acontecendo nas minhas férias, cá estou eu. É que antes de hoje as informações eram tão irrelevantes que não tinha porque eu gastar um espaço do blog pra comentar sobre elas. Ninguém ia querer saber que passo os meus dias entre ver TV (pela manhã, já que à noite é hora de novela e aqui eu estou no meio de uma turma de noveleiros; eu estou fora dessa!), ler, passear pela rede atrás de coisas interessantes, ver episódios repetidos de seriados antigos e resolver pendengas no comércio e nos bancos. Férias improdutivas mode on.

Mas esse fim de semana foi diferente. Estive em Salvador e aproveitei um dia das minhas férias como uma verdadeira turista a passeio, sem me preocupar com nada a não ser o roteiro de viagem.

Baiana do Pelourinho

Adorei tudo. Fui ao Pelourinho, andei de Elevador Lacerda (pela primeira vez, já que das outras vezes papai não permitiu), fui ao Mercado Modelo, Igreja do Bonfim, passeei por vários outros pontos turísticos sem sair do carro e tentei capturar tudo com a câmera e com os olhos. E guardei tudinho no coração, com muita ternura, porque gostei demais do meu passeio. Há 11 anos não ia a Salvador. Sempre gostei de lá e só confirmei minhas antigas impressões, de que a cidade é uma delícia pra quem visita, o povo é lindo e acolhedor (apesar das extorsões monetárias) e eu voltarei mais vezes, porque ficou muito ainda por ver e apreciar e conhecer. Volto como turista muitas vezes, mas não volto para morar, disso eu tenho certeza.

Morei na Bahia dos meus 9 aos 17 anos, praticamente cresci aqui e ainda volto pra cá em todas as férias, porque meus pais ainda moram aqui, no Sul da Bahia. Não posso dizer que não sinto saudades; eu sinto sim. Principalmente dos pais e dos amigos que eu fiz, sinto saudade do calor do povo e das praias (nasci na beira do mar, literalmente, então ele me faz falta lá em Minas). Mas não sou daqui... Não me sinto parte de tudo isso que é a Bahia. Por isso, não tenho vontade e não pretendo voltar. Por incrível que pareça, mesmo estando em Viçosa há menos de seis anos, me sinto mais mineira do que jamais me senti baiana. Toda vez que eu volto, sinto a mesma coisa: angústia. Vejo quanta coisa poderia ser feita nesse estado, vejo as mesmas pessoas sempre no poder e vejo o povo morrendo, o povo sofrendo, sobrevivendo... E votando nas mesmas pessoas eternamente. Aqui não tem educação de qualidade, saúde de qualidade, saneamento básico (e quando digo básico, é bem básico mesmo), e enquanto isso a gente vê as maiores festas, micaretas e Carnaval do Brasil... Que contraste! E o povo é feliz, é sim. Apesar de tudo, não existe cara feia nem resposta atravessada nas ruas. O baiano é o povo mais carismático e acolhedor que eu já conheci. Te conhecem hoje e amanhã te oferecem abrigo, comida na mesa e um ótimo papo, sempre. O povo é lindo, mas é incrivelmente dependente de figurões que se julgam espertos por passar a perna em quem conseguirem. E a política baiana vive num eterno lamaçal.

Crianças de Salvador

Eu não entendo de política; eu entendo do que eu vejo e do que eu sinto. Isso me basta para saber. E eu sei que queria ver as coisas diferentes, um dia. Queria ver as pessoas deixando os "padrinhos" coronéis, que compram os votos com dentadura e cesta básica, e tentando tomar o rumo da situação por conta própria. Que houvesse educação de qualidade para ensinar a nova geração a não depender tanto das esmolas das figurinhas repetidas do poder (só a nova geração é capaz, porque vejo gente estudada e de grande poder econômico chamar ACM de "dádiva da Bahia", e isso me deixa enjoada e confusa). Queria que as prioridades voltassem a ser prioridades; que os milhões que o prefeito gasta com festa ele pudesse investir nos hospitais, porque crianças morrem todos os dias por falta de cuidado e ninguém fica sabendo. E que as pessoas aplaudissem atitudes assim, e não a política do "pão e circo" que reina aqui desde sempre.

Aí vejo os baianos famosos, aqueles que ganham milhões na indústria do entretenimento e nada fazem de concreto pelo estado, irem na TV e baterem no peito "tenho orgulho de ser baiano, a Bahia é linda"... Parem de olhar na direção do litoral e adentrem um pouco o estado de vocês. Coloquem a mão na consciência e percebam que não existe nada de lindo no que acontece com o povo, o nível de deteriorização das cidades menores e da vergonha política que é isso aqui. Se baiana eu fosse, não teria coragem de fechar os olhos para tudo que ainda precisa ser feito e fingir que está tudo muito bem. Mas eu não sou. E por mais que isso soe cruel (e é mesmo), eu pretendo um dia voltar só como turista, com meus óculos cor-de-rosa, e enxergar a perfeição que se vende fora daqui. Mas enquanto minha família for de cidadãos baianos, me desculpem, mas essa falsa imagem de perfeição eu não compro.

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A todos os amigos que me desejeram felicidades ontem feliz Dia do Amigo atrasado! Feliz dia do amigo ao Amigão, à Du, à Su, à Lê, à Cami, à Vó Rô, à Kenia, ao Vidal, à Thai, à Nati, à Luca, à Carlinha, à Lívia, à Mari... e se eu esqueci de alguém, feliz dia do amigo pra você também! =)



sábado, 11 de julho de 2009

Teste de Personalidade



Vi no blog da Thais e no blog do Vidal, achei muito interessante e resolvi fazer também. E é incrível como muita coisa bateu comigo! Gosto desses testes, sempre gostei, mesmo aqueles de revistas de adolescentes bem bobos, eu fazia todos. E sempre acho que é uma forma de se conhecer, mesmo que os testes não sejam dos mais confiáveis, muitas vezes percebemos características nossas das quais nunca tínhamos nos dado conta antes de ler ali na descrição, junto com tantas outras bem óbvias... E se for algo que requer alguma mudança, a percepção é sempre um ótimo incentivo para que ela aconteça.


Como os meninos, vou grifar as partes que achei que mais bateram, além de fazer eventuais comentários ao longo do texto.

Meu resultado:

Seu modo principal de viver é focado internamente, lidando com as coisas de acordo com a maneira com que você se sente quanto a elas, ou de acordo com a maneira com que elas se encaixam no seu sistema de valores pessoais. Seu modo secundário é exterior, através do qual você absorve fatos principalmente através da sua intuição.

Você, mais do que outras pessoas que são intuitivas e que dão mais ouvidos aos sentimentos do que à razão pura, é focado em fazer do mundo um lugar melhor para as pessoas. Sua primeira meta é encontrar o seu significado na vida, perguntando coisas do tipo: “Pra quê eu existo? Qual é o meu propósito? De que maneira eu posso melhor servir a humanidade durante a minha vida?” Você é uma pessoa idealista e perfeccionista (nem tão perfeccionista, mas bastante idealista), e se esforça ao extremo para atingir os objetivos que identificou para si mesmo (e também não sou determinada em relação a objetivos).

Você é muito intuitivo sobre as pessoas. Você conta totalmente na sua intuição para te guiar, e usa suas descobertas para buscar constantemente o valor da vida. Você está numa missão contínua para encontrar a verdade e o significado das coisas (coisa de bióloga). Cada interação e cada pedaço de sabedoria adquirida é filtrada pelo seu sistema de valores, e avaliada para ver se existe algum potencial para lhe ajudar a definir ou refinar mais ainda seu próprio caminho na vida. A meta final é sempre a mesma – você se esforça para ajudar as pessoas e para fazer do mundo um lugar melhor.

Em geral, uma pessoa gentil e de muita consideração, você é um bom ouvinte e deixa as pessoas à vontade. Mesmo que reservado ao expressar suas emoções, você se importa demais com os outros, e é genuinamente interessado em entender as pessoas
(MUITO a ver). Esta sinceridade é percebida pelos outros, fazendo de você um amigo especial, e em que se pode confiar. Você geralmente é muito caloroso com as pessoas que você conhece bem.

Você odeia conflitos, e faz o que puder para evitá-los. Se você precisa encará-los, será sempre utilizando a perspectiva dos seus sentimentos(na verdade eu tento usar a razão na maioria das vezes, mas sou sim bastante passional). Em situações de conflito, você dá pouca importância para quem está certo e quem está errado. Você presta atenção à maneira com que você se sente quanto ao conflito, e não se importa muito se seus sentimentos estão ou não corretos. Você simplesmente não quer se sentir mal. Essa característica às vezes faz com que você aparente ser uma pessoa irracional e ilógica em situações de conflito. Por outro lado, você faria um ótimo papel de mediador, e tem facilidade de resolver os conflitos dos outros, porque você entende intuitivamente as perspectivas e os sentimentos das pessoas, e quer genuinamente ajudá-las.

Você é flexível e despreocupado, até que um de seus valores seja violado
. Assim, se seu sistema de valores está sendo ameaçado, você pode se tornar agressivo lutando com muita garra e paixão por sua causa
(não exatamente agressiva, mas apaixonada, sim). Quando você começa um projeto no qual se interessa, é muito comum que este se torne uma “causa” para você. Apesar de você não ser uma pessoa focada em detalhes, você cobrir cada detalhe necessário com vigor e determinação, enquanto lutando por essa sua causa.

Quanto a detalhes mundanos da vida (como lavar, limpar, passar, etc), você praticamente não está ciente deles
(super verdade!). Você pode passar meses sem perceber as manchas no carpete, mas você cuidadosamente e meticulosamente remove aquele filetinho de poeira que caiu em cima do seu caderno de projetos.


Você não gosta de ter que lidar com fatos concretos e com lógica
. Seu enfoque pessoal nos seus sentimentos e na condição humana torna difícil que você lide com decisões impessoais. Você não compreende nem acredita na validade de uma decisão que não leva as pessoas em consideração, fazendo de você uma péssima pessoa para tomar esse tipo de atitude. Você provavelmente evitará análises impessoais, apesar de poder desenvolver esta capacidade, e de conseguir ser bastante lógico. Sob estresse, é comum que você utilize a lógica de uma maneira errada quando, por exemplo, num momento de raiva, em que você cita fato após fato (e geralmente não completamente corretos) em uma explosão emocional (eu raramente explodo a ponto de fazer algo assim. E quando explodo, reajo mais fisicamente [como sair correndo, chorar, essas coisas] do que consigo falar, realmente).

Você tem padrões altíssimos ("altíssimos" é exagero...) e é um perfeccionista. Consequentemente, você é muito duro consigo mesmo, e não dá muito valor às suas conquistas. Você pode acabar tendo problemas na hora de trabalhar em um projeto em grupo, pois seus critérios e padrões tendem a ser bem mais altos do que os do resto do grupo (não é verdade). Nessas situações, você pode ter um problema de “controle”. Você precisa tentar equilibrar seus ideais com suas necessidades do dia-a-dia. Sem resolver este conflito, você nunca ficará feliz consigo mesmo, e pode ficar confuso e paralisado quanto ao que fazer de sua vida.

Pessoas como você geralmente são escritores talentosos. Você pode se sentir esquisito e desconfortável em se expressar verbalmente
(minha nossa, e como!), mas você tem uma capacidade maravilhosa de definir e de expressar no papel o que você está sentindo. Você também gosta de participar de profissões de cunho social, como na área de aconselhamento ou de educação. Você se encontra o mais confortável e feliz possível quando trabalha pelo bem das pessoas, e onde você não precisa usar lógica intensamente.

Se você desenvolver suas potencialidades você poderá realizar feitos maravilhosos, apesar de que provavelmente você nunca irá reconhecê-los como tais. E lembre-se: algumas das pessoas que mais causaram desenvolvimentos dos seres humanos no mundo foram pessoas como você.


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Realmente achei muito interessante e recomendo a quem quiser fazer!

Minhas férias estão decretadas e pretendo tirar umas férias do computador também. Mas de vez em quando eu apareço para colocar o assunto em dia, com alguns boletins ocasionais.
Até! =)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

maria-vai-com-as-outras

Um dia nasceu Maria, com a pele macilenta de menina que nasce já meio desnutrida, cara de interior do Brasil. Nasceu pequena, miúda, coisa de nada, nem acharam que ia vingar, mas a mãe fez promessa pra Virgem que ajuda os pobres e a menina há de se chamar Maria da Graça, se a graça for concedida. Vingou e de graça só tinha o nome, cresceu assim sem viço e sem luz, desenvolvendo como um broto no solo seco, às mínguas de tudo, de nutriente a carinho.

Na escola não gostavam dos seus vestidos desbotados e maiores do que o corpo magro, roupa herdada das irmãs mais velhas e das primas, a chamavam de maria-mijona e achavam graça e faziam troça. E a menina chorava desgostosa aquelas lágrimas de dor infantil, alminha magoada e humilhada. Em casa falavam que era boba, maria-mole, "deixa de ser besta, Maria, endurece esse coração que a vida não é fácil pra pobre". Todo domingo ia a igreja com a família e olhava sua madrinha feita estátua no altar, elegante e de coroa na cabeça, o manto azul e as vestes brancas e tinha que admitir que aquela Maria tinha graça, mas não ela.

Crescida, queria ser como as outras, queria se pintar e arrumar namorado, mas a natureza não cooperava e Maria não desenvolvia. Enquanto as outras nasciam da flor, em Maria a rama virava a cepa e coisa desconjuntada. Ainda assim, tinha em sua inocência e olhos grandes e famintos uma verdade que não passava desapercebida aos jovens rapazes. Tinha amor atrás das pupilas e a carência de afeto que transforma a feiúra em algo triste e atraente. Mas corpo não tinha, nem beleza, e as outras esbanjavam da graça que Maria só tinha no nome e ganhavam os namorados, e trocavam entre elas e nada sobrava para Maria. Que também merecia viver e amar.

E quando achou que não havia mais tempo, que não tinha esperanças em sua desgraça, na vida de Maria apareceu João. Primeiro disseram que era um ninguém, que apesar de pobre e desajeitada a menina tinha que casar com alguém de nome ou posses, já que era fato que não conseguiria os dois predicados no mesmo rapaz. Mas Maria não se importava porque João via o que existia por trás do detrás da alma dela, ele a compreendia por ser também um espinheiro num jardim. Vinha do norte e conhecia o que era rebentar no mundo ao invés de nascer, o que era sobreviver e não viver, e apesar da secura de espírito maltratado, João amou Maria. E em sua teimosia empacada, marcou casamento e encomendou a festa. A família não teve escolha, pelo menos o rapaz tinha os dois braços que é só o que se precisa nessa vida quando a gente quer trabalhar, e a moça está acostumada e a pobreza só vai mudar de endereço.

Mas a partir desse dia a pobreza abandonou Maria e deu lugar à felicidade que ela ainda não conhecia. Porque pobreza triste é a da alma desgarrada de alguém que só quer ser feliz e não sabe como. No casamento ela usava o vestido branco e o véu e a coroa na cabeça. A expressão serena da menina no altar, fazendo jus ao nome e à figura da Graça que lhe deu o nome. E a partir desse dia Maria foi como as outras.


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Postei esse texto no Bilhetes, há quase um ano atrás. Hoje, mexendo em arquivos antigos do blog, eu o encontrei e resolvi que ele merecia vir para cá também. É um texto querido pra mim. =)
Essa semana não posto mais. Estou partindo de viagem e só volto a ter acesso à internet no fim-de-semana. Au revoir! o/