Quando postei minhas impressões sobre poesia aqui, minha intenção inicial era falar também sobre a leitura na infância, principalmente como ela é conduzida nas escolas. Acabou que o texto tomou rumos diferentes do que eu pretendia e não houve espaço para comentar esse assunto. Mas como parece que meus amigos lêem pensamento, o Vidal e a Pri comentaram sobre o problema e acabaram escrevendo ótimos textos sobre o assunto. Por mais que eu tente dar uma abordagem diferente da deles é complicado, já que assino embaixo de cada coisa dita pelos dois. Mas vou mesmo escrever um texto sobre isso, porque prometi aos dois e também por ser um assunto que muito me interessa.
Eu já comentei por aí que leio desde muito nova, cresci cercada por livros, não só dos meus pais, mas livros meus que ganhei desde que nasci. Sei que isso, aliado ao meu gosto natural por leitura, foi imprescindível para que eu crescesse uma leitora voraz e também aprendessa a apreciar a Língua Portuguesa. Infelizmente nem todas as casas possuem livros à vontade, nem todas as crianças têm esse contato com a leitura quando pequenas, antes da idade escolar, e muitas nem mesmo depois disso. Às vezes parece mentira, pra mim mesmo, parece uma piada de muito mau-gosto a forma como a leitura é tratada nas escolas. Depois de matérias e matérias na área de Didática que eu fiz, práticas que me fizeram visitar as escolas da região, eu posso dizer uma coisa: não faltam livros. Pelo menos não na minha região, nas escolas da minha cidade, públicas ou particulares. Bibliotecas existem, muitas vezes maiores e melhores que a biblioteca da escola em que estudei a maior parte da minha vida (que era particular, diga-se de passagem). O que não existe é incentivo à leitura, não existe amor por ela, nem por parte da escola, nem por parte dos professores e, conseqüentemente, nem por parte dos alunos. Exemplo do que eu estou falando é a escola em que algumas das minhas primas estudam, no Espírito Santo, onde não existe indicação de livros paradidáticos, em nenhuma série, nem nas iniciais nem nas terminais. Detalhe que é uma escola particular, meus tios pagam para as filhas deles estudarem lá. Agora eu me pergunto, então, qual é o objetivo das aulas de português numa escola assim? Qual o sentido de ensinar regras e mais regras apenas, sem mostrar a vida que as palavras possuem? O que será realmente importante para essa escola, para esses professores?
Eu não faço Letras, infelizmente, mas vou ser professora e essa é uma situação que me preocupa muito. Se um aluno não entende a importância que as palavras têm, a importância da leitura em todas as áreas do conhecimento, fica muito difícil ensinar qualquer coisa. Além disso, se o aluno não compreende que o que ele vê em sala de aula é a representação teórica da vida fora dos livros, da vida do dia-a-dia, qual o sentido de ensinar qualquer coisa? Da mesma forma que aprender a teoria da respiração pulmonar nada mais é dar nomes ao que te faz inspirar e expirar, aprender prortuguês é (ou deveria ser) aprender a viver na sociedade lusofalante brasileira, perceber que o português é mais do que apenas o "livro de regras" que é a gramática; aprender português é entender a comunicação. E ler é parte importante do processo, já que o entendimento do que está escrito é o mais importante no processo de leitura.
Mas como fazer uma criança se interessar por leitura? Tudo começa em casa, ou pelo menos deveria. Ver os pais lendo, receber livros de presente, ouvir histórias, tudo são incentivos, aguçam o interesse da criança pelos livros. As escolas deveriam contar com aulas de leitura, espaços do dia reservados apenas para isso, onde os professores lessem para os alunos mais novos, dessem a oportunidade para que os próprios alunos escolhessem os livros para ler, sem impôr nada, apenas o dever da leitura. Mas que incentivassem, desde pequenos, o gosto pelos livros. Não adianta ter bibliotecas cheias, mas não incentivar os alunos a freqüentá-las; não adianta caprichar nas aulas de gramática, se não mostrar aos alunos a importância prática daquilo e mais, não estar aberto às diversas formas que a língua pode tomar, na escrita, na oralidade, nos diferentes meios; não adiante ensinar o padrão e esquecer-se que estamos todos fora dele, que a língua é dinâmica e não estática, que a gramática é livro de consulta, não imposição na vida de ninguém. E ainda, é preciso deixar essas cisma da interpretação de tudo que é texto, como se toda interpretação tivesse que se moldar, para caber numa fôrma de bolo; interpretação é pessoal, seja de uma narração, um poema, um texto de jornal. Leitura é subjetiva por si só, e os programas escolares precisam entender que a criança tem que ser livre na sua interpretação (tenho traumas de interpretação de texto até hoje)! Como bem disse Rubem Alves: "Não se pode ensinar as delícias do amor com aulas de anatomia e fisiologia dos órgãos sexuais. Se assim fosse, o livro "Cântico dos Cânticos", que está na Bíblia, nunca teria sido escrito. Não se pode ensinar o prazer da leitura com aulas sobre as ciências da linguagem. O conhecimento da gramática e das ciências da interpretação não faz poetas."
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Esse texto faz parte de uma conversa entre amigos. Leia mais aqui e aqui .
Eu já comentei por aí que leio desde muito nova, cresci cercada por livros, não só dos meus pais, mas livros meus que ganhei desde que nasci. Sei que isso, aliado ao meu gosto natural por leitura, foi imprescindível para que eu crescesse uma leitora voraz e também aprendessa a apreciar a Língua Portuguesa. Infelizmente nem todas as casas possuem livros à vontade, nem todas as crianças têm esse contato com a leitura quando pequenas, antes da idade escolar, e muitas nem mesmo depois disso. Às vezes parece mentira, pra mim mesmo, parece uma piada de muito mau-gosto a forma como a leitura é tratada nas escolas. Depois de matérias e matérias na área de Didática que eu fiz, práticas que me fizeram visitar as escolas da região, eu posso dizer uma coisa: não faltam livros. Pelo menos não na minha região, nas escolas da minha cidade, públicas ou particulares. Bibliotecas existem, muitas vezes maiores e melhores que a biblioteca da escola em que estudei a maior parte da minha vida (que era particular, diga-se de passagem). O que não existe é incentivo à leitura, não existe amor por ela, nem por parte da escola, nem por parte dos professores e, conseqüentemente, nem por parte dos alunos. Exemplo do que eu estou falando é a escola em que algumas das minhas primas estudam, no Espírito Santo, onde não existe indicação de livros paradidáticos, em nenhuma série, nem nas iniciais nem nas terminais. Detalhe que é uma escola particular, meus tios pagam para as filhas deles estudarem lá. Agora eu me pergunto, então, qual é o objetivo das aulas de português numa escola assim? Qual o sentido de ensinar regras e mais regras apenas, sem mostrar a vida que as palavras possuem? O que será realmente importante para essa escola, para esses professores?
Eu não faço Letras, infelizmente, mas vou ser professora e essa é uma situação que me preocupa muito. Se um aluno não entende a importância que as palavras têm, a importância da leitura em todas as áreas do conhecimento, fica muito difícil ensinar qualquer coisa. Além disso, se o aluno não compreende que o que ele vê em sala de aula é a representação teórica da vida fora dos livros, da vida do dia-a-dia, qual o sentido de ensinar qualquer coisa? Da mesma forma que aprender a teoria da respiração pulmonar nada mais é dar nomes ao que te faz inspirar e expirar, aprender prortuguês é (ou deveria ser) aprender a viver na sociedade lusofalante brasileira, perceber que o português é mais do que apenas o "livro de regras" que é a gramática; aprender português é entender a comunicação. E ler é parte importante do processo, já que o entendimento do que está escrito é o mais importante no processo de leitura.
Mas como fazer uma criança se interessar por leitura? Tudo começa em casa, ou pelo menos deveria. Ver os pais lendo, receber livros de presente, ouvir histórias, tudo são incentivos, aguçam o interesse da criança pelos livros. As escolas deveriam contar com aulas de leitura, espaços do dia reservados apenas para isso, onde os professores lessem para os alunos mais novos, dessem a oportunidade para que os próprios alunos escolhessem os livros para ler, sem impôr nada, apenas o dever da leitura. Mas que incentivassem, desde pequenos, o gosto pelos livros. Não adianta ter bibliotecas cheias, mas não incentivar os alunos a freqüentá-las; não adianta caprichar nas aulas de gramática, se não mostrar aos alunos a importância prática daquilo e mais, não estar aberto às diversas formas que a língua pode tomar, na escrita, na oralidade, nos diferentes meios; não adiante ensinar o padrão e esquecer-se que estamos todos fora dele, que a língua é dinâmica e não estática, que a gramática é livro de consulta, não imposição na vida de ninguém. E ainda, é preciso deixar essas cisma da interpretação de tudo que é texto, como se toda interpretação tivesse que se moldar, para caber numa fôrma de bolo; interpretação é pessoal, seja de uma narração, um poema, um texto de jornal. Leitura é subjetiva por si só, e os programas escolares precisam entender que a criança tem que ser livre na sua interpretação (tenho traumas de interpretação de texto até hoje)! Como bem disse Rubem Alves: "Não se pode ensinar as delícias do amor com aulas de anatomia e fisiologia dos órgãos sexuais. Se assim fosse, o livro "Cântico dos Cânticos", que está na Bíblia, nunca teria sido escrito. Não se pode ensinar o prazer da leitura com aulas sobre as ciências da linguagem. O conhecimento da gramática e das ciências da interpretação não faz poetas."
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Esse texto faz parte de uma conversa entre amigos. Leia mais aqui e aqui .
13 comentários:
"O que não existe é incentivo à leitura, não existe amor por ela, nem por parte da escola, nem por parte dos professores e, conseqüentemente, nem por parte dos alunos."
Acredito que esta seja a questão central... Ainda vejo que a estrutura familiar e sua cultura também sejam muito importantes, de se valorizar a leitura e deixar as crianças à vontade com os livros...
Eu tenho a impressão de que a internet, por ter como meio principal de comunicação a escrita e a leitura, de algum modo está fazendo com que os jovens e crianças tenham mais contato com a leitura... Pode ser um bom caminho para isso também...
O fato é que, infelizmente, com ou sem internet as crianças e jovens que possuem na familia pais com hábito de leitura, ou com essa consciência possuem uma vantagem nesse processo... E geralmente estes pais já posuem uma formação superior ou vem de uma classe social mais elevada... A Edsucação tem desses ciclos, é o que vejo...
Mas a escola pode ajudar e muito se também tiver esse amor e paixão...
Eu fui privilegiado neste sentido, pois em casa não se tinha o hábito de leitura, mas minha escola era muito "proxima" de seus alunos, o que me incentivou muito no hábito da leitura...
Acredito que na Educação tem que haver amor... Da mesma forma como meu professor de Exegese é apaixonado por grego e pelo novo testamento e transmitiu essa paixão para mim, o mesmo ocorro com um professor de Gramatica ou literatura. Tem que haver amor...
Olá Lorena,
obrigada pela visita e comentário no meu blog.
Tal como vc, eu edoro ler, sempre vivi rodeada de livros, a a leitura foi desde cedo muito estimulada lá em casa. Naturalmente fiz assim com os meus filhos e noto a facilidade que isso lhes deu na aquisição e domínio da linguagem, muito superior a qualquer criança da mesma idade. Recente/ fui ler uma história à sala do meu filho ( ele tem 7 anos) e fiquei perplexa com a quantidade de crianças que me disse que os pais nunca lhes liam livros! Contudo, eles "beberam" as minhas palavras.
Tenha uma boa semana!
"Não adianta ter bibliotecas cheias, mas não incentivar os alunos a freqüentá-las; não adianta caprichar nas aulas de gramática, se não mostrar aos alunos a importância prática daquilo"
Achei muito interessante o seu texto e principalmente esse trechinho... é muito difícil alguém dizer que gosta de ler, ou que ama está em uma biblioteca e ter lido apenas um livro no ano, ou então conversar mais do que pesquisar...rs...
Temos que ensinar aos novos alunos a importância de uma gramática, de cada conto, que cada texto... temos que voltar a pesquisar em livros, senti novamente aquele cheiro gostoso que exala de cada página!!
Temos que incentiva-los e tbm temos que praticar mtoo!
Abraços...
[qrida desculpe a minha ausência, mas é pq essas minhas últimas semanas foram impossíveis... mas creio que agora está se normalizando...]
Leo:
Sim, o amor é imprescindível em qualquer relação, mesmo na relação com a leitura. Ler mecanicamente não dá prazer nenhum. Agora se você tem amor pelas palavras, pelos livros, a coisa começa desde o toque na lombada, o cheiro das folhas, o barulho do passar das páginas, e termina no apreço por tudo, pela história e pelo veículo como um todo.
Na minha opinião a internet é uma faca de dois gumes: ao mesmo tempo que propicia o contato com a língua escrita, ela está muito mais ligada a oralidade da coisa, o que nem sempre é um estímulo à leitura em si. As crianças e os adolescentes passam horas na frente do pc, mas normalmente jogando, falando no msn, passeando pelos seus orkuts e orkuts alheios... Têm contato com as palavras escritas, o que é bom, mas não mergulham na leitura do que vêem, a não ser superficialmente. Daí não tem como criar apreço peloa to de ler em si.
=)
Fernanda: é interessante conhecer o lado das coisas em Portugal, que não é tão diferente daqui assim... Também acho que falta uma dedicação dos pais no que diz respeito ao estímulo dos filhos. E tudo começa com aquelas historinhas , inventadas ou não, antes de dormir...
Susanna: "temos que voltar a pesquisar em livros, senti novamente aquele cheiro gostoso que exala de cada página!!" Concordo! rs! Sei que sou meio fundamentalista nesse ponto, mas acho mesmo importante o contato com o livro, com o papel e a letra impressa. Ler é importante, seja da forma que for, mas a paixão pelos livros, o objeto livro, é especial, né? =)
volte quando puder! ;)
EU nao cresci cercado por livros, sim, havia livros rs, mas acho que nao eram tantos assim. Sei que desde muito cedo me apaixonei pelos livros através do exemplo dos meus pais. Minha primeira escola ajudou, as demais com raras excessoes (algum bom professor) nao ajudou nada.
Bem... viagens ao passado à parte, seu texto foi ótimo, muito esclarecedor, principalmente a respeito da liberdade de 'interpretaçao'. Acho que já fazemos parte de algum movimento nao é? rsrs.
Fico com uma frase que considero um resumo: "tudo começa em casa".
Bj!
Inté!
Minina, isso é que é dedo na ferida!
Quando eu fiz meu estágio curricular de prática docente de Português, eu escolhi alguns desafios: (1) a leitura era meu foco principal e (2) escolhi trabalhar com Educação de Jovens e Adultos. Dá pra sacar o clima, né?
Ao contrário do que eu pensava, a escola (feinha, muito feinha) dispunha de MUITOS livros. Só que esses livros ficavam trancados na sala dos professores. Livros patrocinados e enviados pra escola pelo governo pra serem repassados aos ALUNOS, mas que por alguma razão acabaram esterilizados numa estante empoeirada.
Ao contrário do que as pessoas pensam, adultos e jovens, mesmo pobres e educacionalmente atrasados, gostam de ler SIM e têm uma compreensão às vezes muito mais profunda que uma formanda em Letras. As surpresas que eu tive com aquela turma foram inesquecíveis - e eu nunca escrevi nada com tanta paixão quanto meu relatório desse estágio!
Mas isso é assunto pra um post, certo?
Parabéns e obrigada, Ló! Você é muito fofa!
(Viajei fds passado ouvindo o show que vc me mandou! Pense na felicidade! ^^*)
Lô, lendo este seu texto me lembrei imediatamente do livro "Como um Romance", de Daniel Pennac, que é uma linda declaração de amor ao ato de ler e fala justamente sobre a leitura em sala de aula !!
Eu também tive uma infância recheada de livros, mas não porque na minha casa tinha muitos, mas sim porque eu era um verdadeiro "rato de biblioteca", daqueles que matavam aula pra ficar aboletado entre as estantes cheias de livros da biblioteca .. Sim, eu fazia isso !! Até porque, sinto dizer, mas eu nunca tive sequer UMA professora na escola que me incentivasse a ler, todas elas seguindo o tedioso cronograma escolar e nos conduzindo como marionetes ..
Adquiri gosto pela leitura por vontade própria mesmo, fui descobrindo este universo até fazer totalmente parte dele e hoje já não vivo sem, a leitura é como o ar que respiro e triste de quem não lê, que têm sua existência facilmente comparada à de um vegetal !!
Beijo, bonita !!
Sim, falta aprender a amar a leitura, mas como em um relacionamento, talves a culpa seja de frustrações. Se as crianças são obrigadas a ler algo que não chame sua atenção fica difícil incentivar. Aqui tem muita regra de "livros pra tal idade". Eu fui uma das crianças que chamou a diretora porque não podia pegar "A professora maluquinha" do Ziraldo por ser pequena demais. Agora inverteu: as crianças querem ser adultos, tem comportamentos e inventam compromissos como de adultos, e perdem a fantasia dos bons livros infantis. Se desconhecem a sensação de ler um livro assim, como ensinar a ter prazer na leitura?
Erramos muito nas tentativas...
Gostei muito de passar por aqui...
bjus
Obrigada pela visita no meu cantinho!Fico toda cheia quando você aparece!! É um prazer receber você por lá... E que bom que recebi elogios! Adorei mesmo seu blog, estou voltando e quanto a este post, posso dizer que existe muita gente que ainda não descobriu este prazer em ler!... Sempre digo aos meus alunos que a melhor coisa é não forçar a barra! Nada adianta o professor obrigar a ler um determinado livro se o aluno não gosta daquele tipo de leitura... Conhecer cada autor é importante... saber pq ele escreveu aquilo e um pouco da sua biografia é fundamental!... as coisas ficam mais interessantes!!! Tbm concordo que os pais têm que incentivar e dar exemplos!
Beijos e volte sempre!
Loli, concordo contigo... A internet não cria o mesmo amor que os livros, suas lendas e fantasias criam...
Mas, tenho uma impressão de que aos poucos, os jovens tem se interessado mais pela leitura por causa da internet... É só uma impressão...
Vidal: minhas escolas ajudaram muito pouco também, mal tinham uma biblioteca descente e as aulas de português estavam entre as mais chatas de todas! mas mesmo assim eu conseguia preencher duas fichas de aluguel de livros, frente e verso, ainda na 3ª série! hahahaha! era uma fominha mesmo. =P
Sim, fazemos parte do movimento dos "leitores subversivos", será que conseguimos mudar alguma coisa?? rs!
Pri: que trabalho interessante!! Semestre retrasado, na matéria de Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem, meu grupo decidiu trabalhar com leitura (detalhe que somos todos da Biologia, mas ainda assim escolhemos esse tema), mas com alunos de 7ª série. A maioria que respondeu à nossa pesquisa afirmou que só lia os livros impostos pela escola, que lia no máximo 5 livros por ano e mal freqüentava a biblioteca. Uma pena, já que eram alunos da melhor escola da cidade, eu sei que é uma das melhores bibliotecas também.
Fizemos perguntas aos professores também, de quatro disciplinas diferentes, sobre o incentivo à leitura na sala de aula... A professora de português parece que foi a única que entendeu as nossas perguntas, porque todos os outros relatavam incentivo à leitura do material didático ou complementar, sendo que não era isso que estávamos perguntando. ¬¬ Infelizmente o tempo era curto e não pudemos fazer uma pesquisa melhor, mas eu fiquei impressionada mesmo com a resposta dos professores, eles claramente não incentivam os alunos a ler, simplesmente ler, livros, revistas, artigos, gibis, qualquer coisa que não seja relacionada à matéria da prova...
Nando: "Como um Romance", vou guardar o nome pra procurar aqui! E uma frase sua me lembrou uma citação de Mário Quintana: "os verdadeiros analfabetos são aqueles que sabem ler e não lêem!" ;)
Francine: que bom ler que vc incentiva a leitura entre seus alunos! eu tb pretendo fazer isso, memso sendo professora de Biologia... hehehehe! Obrigada pela visita! ;)
Jhoy: concordo que as frustrações geram traumas, e muitas vezes isso ocorre por um despreparo do próprio professor, eu acho, já que são eles que escolhem os livros a serem lidos. E também restringem a leitura dos alunos apenas àqueles livros que vão ser trabalhados como análise textual e interpretação. É por isso que quando falo de incentivo à leitura, falo de incentivo à ler, simplesmente, pegar um livro que pareça te agradar e ler. é hábito. Depois de criado o hábito fica muito mais fácil digerir os autores mais complexos, os clássicos, os livros mais adultos... Mas tudo depende de se criar o hábito, e pra isso a leitura precisa ser agradável, né?
E "Uma Professora Muito Maluquinha" é um dos livros mais fofos que eu já li! Pena que li depois de adulta, tenho certeza que se tivesse lido criança teria entrado pra minha lista de favoritos. =)
Leo: tomara que vc esteja certo! =)
Minia, é assim: vc clica nos links e segue as instruções! Todos os resultados são aleatórios! Vc soh tem que montar a capa!
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