Parece que foi ontem que você nasceu. Toda careca de cabelos e dentes, chorando muito pouco, rindo com sorriso escancarado, dando os primeiros passos em falso; eu dava mamadeira e depois deixava que você subisse pelas minhas costas feito um macaquinho e se empoleirasse no meu pescoço, era nossa brincadeira favorita, essa e segurar você pelas pernas de ponta cabeça e rodar, rodar... e você ria, ria. E hoje você tem 15 anos e um blog de gente que está crescendo, por fora e por dentro. E me lembra a mim mesma quando tinha a sua idade e ainda assim somos tão diferentes.
Eu, quando venho falar de lembranças, raramente falo da minha adolescência. Falo muito da minha infância, mais do que devia da minha "adultice" chata, e quase nunca da "aborrecência", como a gente costuma falar. É que não fui aborrecente e nem aborrecida, e muito menos aborrecia quem quer que fosse. Na verdade, quando lembro dos meus quinze anos, eu vejo uma imagem meio borrada em tons pastéis médios... Foi uma adolescência pastel-acinzentado. Não foi nada ruim, pelo contrário, foi boa. Nunca tive problemas de nenhum tipo; não tirava notas baixas, não desrespeitava os meus pais, não bebia nem fumava, não saía com garotos, geralmente não ia a festas (salvo aniversários e festas da escola), freqüentava um grupo de jovens católicos, nunca pulei Carnaval, não pensava em fugir de casa, nunca usei preto nem roupas extravagantes desaprovadas por adultos, nunca respondi meus professores, só fui expulsa de sala uma vez e injustamente. E eu juro que, apesar disso tudo, não foi nada chato ter 15, 16 anos. Eu tinha amigos, muitos. Eles tocavam violão e nós cantávamos. Nas tardes de sábado nos reuníamos pra tocar e cantar ou pra assistir filmes na casa de alguém, sessões regadas a muita pipoca, brigadeiro e guaraná. À noite saíamos pra comer (programa padrão de fins de semana à noite lá em Nana), um Galegão com tudo que tinha direito dentro, ou pizza, ou crepe, ou cachorro-quente e uma voltinha na praça. Durante a semana era escola e recreio, que eram os melhores 20 minutos do dia.
Eu ainda lia muito, como você, então estava sempre com um livro debaixo do braço. Inclusive quando me expulsaram de sala foi por estar lendo um romance da Danielle Steel ao invés de abrir o livro de matemática nas funções de 2º grau. Mas eu ia abrir... o professor nem me deu tempo de terminar o capítulo, eu estava no meio de um parágrafo, por isso foi a maior injustiça do mundo e eu chorei com a orientadora educacional, simplesmente não era justo (ela concordou comigo, mas pediu pra não contar nada pro professor. Toda mulher já leu Danielle Steel). Eu era péssima em Física, mas nunca peguei recuperação. Nunca. Meu negócio sempre foi o inglês e o português, eu gostava de música e livros. Eu gostava de arte e cultura e me deliciava com as aulas de literatura mesmo detestando a professora (coitada... Coitados dos professores, agora que eu vou ser uma). Lembro perfeitamente de estudar o modernismo, o expressionismo, impressionismo, cubismo, surrealismo, dadaísmo... todos os ismos. Lembro de Dom Casmurro e todos os romances de José de Alencar que me lembravam novelas mexicanas e por isso mesmo eu adorava e devorava cada um com um gosto que meus colegas não entendiam. Nem eu.
E a música... essa sempre esteve presente em todas as minhas fases. E eu sou multifacetada quando se trata de música. Eu morava na Bahia mas nunca gostei de axé (de verdade; quando você é criança e pré-adolescente você gosta do que ouve e nas rádios só tocava isso, então eu "gostava"). Eu gostava era de coisa que ninguém conhecia, que todo mundo conhecia mas quase ninguém gostava, e algumas coisas que todo mundo gostava. Eu ouvia música em inglês e sabia todas as letras de cor; mesmo aquelas a que nunca tive acesso à letra escrita. É porque eu sempre ouvia a mesma música repetidamente, incansavelmente, meus pais que o digam! E eu queria ser todas as cantoras... Eu já quis ser a Sandy, eu já quis ser uma Spice Girl, eu quis ser Alanis Morissette e quis ser Shakira, e Madonna, e quis tanto ser Dolores O'Riordan e Natalie Imbruglia que brincava de microfone com um cabo de vassoura! Eu vestia as ropas e imitava as danças, e quando passou essa fase eu pintava os olhos de preto e calçava All Star e ia mesmo a festas de rock. Eu passei por tudo e me sinto bem por essa "gama" de estilos que couberam em mim, cada um na sua fase.
Eu já tive catorze anos e os hormônios à flor da pele, também. Essa é a idade crucial na adolescência de uma menina, os catorze anos. Ninguém segura uma menina nessa idade. A gente assistia aos jogos de vôlei a tarde na escola, mas nunca era pelo jogo em si... Nunca aprendi uma regra de vôlei sequer assistindo a esses jogos! Inventávamos apelidos e códigos secretos pra partilhar os nossos "segredos", mas não tínhamos discrição nenhuma e qualquer rapaz de 17, 18 anos sabia muito bem o que aquela turma de araras barulhentas fazia por ali. E o interesse costumava ser recíproco para alguns... Existe uma regra muda entre rapazes de 17 anos e meninas de 14: eu te dou bola se você não cansar de me admirar. Uma hora uma das condições se esvai e o laço se desfaz. Daí você chora litros e acha que nunca mais ninguém vai gostar de você, que você é uma bruxa horrorosa e que ele te trai com outra mais bonita... porque nessa idade tudo só tem graça se for na base do exagero.
Comigo mesmo essas histórias nunca aconteceram, só em sonhos, porque além de toda a minha "esquisitice" natural, eu ainda era tímida de verdade. Aí me alimentava mesmo de sonhos e ainda arrumava algumas bobas para sonharem comigo. E inventávamos um mundo no futuro onde tudo seria exatamente como planejávamos. Então planejávamos morarmos juntas na época da faculdade, dividir apartamento e nossos segredos e nossas vidas, para sempre, para sempre. É incrível como metade do sonho realmente se realizou: vivemos juntas aqui, na mesma república, durante anos. Dividimos nossas vidas e até alguns segredos, principalmente no início... Depois percebemos que não dava pra ser como nos sonhos, na nossa história não haveria um "felizes para sempre", porque amizade de escola não é o mesmo que morar juntas, dividir aluguel e aturar manias e pilhas de louça na pia. E aí cada uma foi seguir sua vida a seu contento, e hoje só restam mesmo as boas lembranças do tempo em que acreditávamos nos sonhos. E eu, naquela época, acreditava no "para sempre".
E eu me lembro das risadas, das brincadeiras, dos momentos em que fui muito feliz; e eu já me esqueci de quantas vezes chorei por ser diferente dos outros, por ter essa "alma velha", por ter nascido na época errada. E eu ainda lembro das pessoas que eu admirava mudamente e com devoção, de como fazia de tudo para esbarrar com certas pessoas nos corredores da escola ou cruzar o olhar na igreja, e rezar para que me dirigissem a palavra (eu, sempre tímida, nunca tomava a iniciativa). Ainda lembro do medo de ter que mudar de escola quando a situação financeira apertou e o mundo despencou na nossa cabeça; lembro de ter ouvido que "as amizades nunca são para sempre" e quase ter respondido ao adulto que se dirigiu às minhas verdades absolutas daquela forma, a vontade de dizer que ele estava redondamente enganado nos seus julgamentos, que "se ele nunca teve amigos verdadeiros, azar! porque eu tenho". Verdade, eu os tinha... E hoje tenho outros. Amanhã terei outros e a amizade é eterna enquanto dura, já aprendi. Eu não me entendia, não entendia certos aspectos da minha alma que só aprendi a compreender há tão pouco tempo que às vezes tenho a sensação que saí da adolescência ontem. Há um ano e meio. E às vezes tenho a sensação de que eu nunca tive uma de verdade...
Eu era uma menina e, apesar de tudo, sempre fui madura demais, além da conta, exageradamente compreensiva e pacificadora. Quase não errava porque quase não me arriscava. Sofria pelas coisas de dentro porque mal me permitia viver e encarar as coisas de fora. Na realidade, eu não me arrependo, mas gostaria de ter mais lembranças coloridas, de um colorido psicodélico e vibrante. Eu era uma menina, uma criança com alma idosa, e era difícil me desprender assim. Eu era uma menina e não me culpo por ter tido medo e por não ter entendido, e por ter me fechado em mim.
E eu não quero que você seja assim. Não tenha medo de ser você exatamente como você é, não tenha medo dos seus sentimentos. E não tenha medo de ser menina por dentro também...
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Nina existe. Ela tem olhos de jaboticaba, uma risada escandalosa e vontades atrás de vontades. Cresceu de repente que eu nem vi, já está quase do meu tamanho e tem as idéias mais maravilhosamente loucas que eu já vi numa menina da sua idade. E eu tenho muito orgulho de ser sua prima.
Eu, quando venho falar de lembranças, raramente falo da minha adolescência. Falo muito da minha infância, mais do que devia da minha "adultice" chata, e quase nunca da "aborrecência", como a gente costuma falar. É que não fui aborrecente e nem aborrecida, e muito menos aborrecia quem quer que fosse. Na verdade, quando lembro dos meus quinze anos, eu vejo uma imagem meio borrada em tons pastéis médios... Foi uma adolescência pastel-acinzentado. Não foi nada ruim, pelo contrário, foi boa. Nunca tive problemas de nenhum tipo; não tirava notas baixas, não desrespeitava os meus pais, não bebia nem fumava, não saía com garotos, geralmente não ia a festas (salvo aniversários e festas da escola), freqüentava um grupo de jovens católicos, nunca pulei Carnaval, não pensava em fugir de casa, nunca usei preto nem roupas extravagantes desaprovadas por adultos, nunca respondi meus professores, só fui expulsa de sala uma vez e injustamente. E eu juro que, apesar disso tudo, não foi nada chato ter 15, 16 anos. Eu tinha amigos, muitos. Eles tocavam violão e nós cantávamos. Nas tardes de sábado nos reuníamos pra tocar e cantar ou pra assistir filmes na casa de alguém, sessões regadas a muita pipoca, brigadeiro e guaraná. À noite saíamos pra comer (programa padrão de fins de semana à noite lá em Nana), um Galegão com tudo que tinha direito dentro, ou pizza, ou crepe, ou cachorro-quente e uma voltinha na praça. Durante a semana era escola e recreio, que eram os melhores 20 minutos do dia.
Eu ainda lia muito, como você, então estava sempre com um livro debaixo do braço. Inclusive quando me expulsaram de sala foi por estar lendo um romance da Danielle Steel ao invés de abrir o livro de matemática nas funções de 2º grau. Mas eu ia abrir... o professor nem me deu tempo de terminar o capítulo, eu estava no meio de um parágrafo, por isso foi a maior injustiça do mundo e eu chorei com a orientadora educacional, simplesmente não era justo (ela concordou comigo, mas pediu pra não contar nada pro professor. Toda mulher já leu Danielle Steel). Eu era péssima em Física, mas nunca peguei recuperação. Nunca. Meu negócio sempre foi o inglês e o português, eu gostava de música e livros. Eu gostava de arte e cultura e me deliciava com as aulas de literatura mesmo detestando a professora (coitada... Coitados dos professores, agora que eu vou ser uma). Lembro perfeitamente de estudar o modernismo, o expressionismo, impressionismo, cubismo, surrealismo, dadaísmo... todos os ismos. Lembro de Dom Casmurro e todos os romances de José de Alencar que me lembravam novelas mexicanas e por isso mesmo eu adorava e devorava cada um com um gosto que meus colegas não entendiam. Nem eu.
E a música... essa sempre esteve presente em todas as minhas fases. E eu sou multifacetada quando se trata de música. Eu morava na Bahia mas nunca gostei de axé (de verdade; quando você é criança e pré-adolescente você gosta do que ouve e nas rádios só tocava isso, então eu "gostava"). Eu gostava era de coisa que ninguém conhecia, que todo mundo conhecia mas quase ninguém gostava, e algumas coisas que todo mundo gostava. Eu ouvia música em inglês e sabia todas as letras de cor; mesmo aquelas a que nunca tive acesso à letra escrita. É porque eu sempre ouvia a mesma música repetidamente, incansavelmente, meus pais que o digam! E eu queria ser todas as cantoras... Eu já quis ser a Sandy, eu já quis ser uma Spice Girl, eu quis ser Alanis Morissette e quis ser Shakira, e Madonna, e quis tanto ser Dolores O'Riordan e Natalie Imbruglia que brincava de microfone com um cabo de vassoura! Eu vestia as ropas e imitava as danças, e quando passou essa fase eu pintava os olhos de preto e calçava All Star e ia mesmo a festas de rock. Eu passei por tudo e me sinto bem por essa "gama" de estilos que couberam em mim, cada um na sua fase.
Eu já tive catorze anos e os hormônios à flor da pele, também. Essa é a idade crucial na adolescência de uma menina, os catorze anos. Ninguém segura uma menina nessa idade. A gente assistia aos jogos de vôlei a tarde na escola, mas nunca era pelo jogo em si... Nunca aprendi uma regra de vôlei sequer assistindo a esses jogos! Inventávamos apelidos e códigos secretos pra partilhar os nossos "segredos", mas não tínhamos discrição nenhuma e qualquer rapaz de 17, 18 anos sabia muito bem o que aquela turma de araras barulhentas fazia por ali. E o interesse costumava ser recíproco para alguns... Existe uma regra muda entre rapazes de 17 anos e meninas de 14: eu te dou bola se você não cansar de me admirar. Uma hora uma das condições se esvai e o laço se desfaz. Daí você chora litros e acha que nunca mais ninguém vai gostar de você, que você é uma bruxa horrorosa e que ele te trai com outra mais bonita... porque nessa idade tudo só tem graça se for na base do exagero.
Comigo mesmo essas histórias nunca aconteceram, só em sonhos, porque além de toda a minha "esquisitice" natural, eu ainda era tímida de verdade. Aí me alimentava mesmo de sonhos e ainda arrumava algumas bobas para sonharem comigo. E inventávamos um mundo no futuro onde tudo seria exatamente como planejávamos. Então planejávamos morarmos juntas na época da faculdade, dividir apartamento e nossos segredos e nossas vidas, para sempre, para sempre. É incrível como metade do sonho realmente se realizou: vivemos juntas aqui, na mesma república, durante anos. Dividimos nossas vidas e até alguns segredos, principalmente no início... Depois percebemos que não dava pra ser como nos sonhos, na nossa história não haveria um "felizes para sempre", porque amizade de escola não é o mesmo que morar juntas, dividir aluguel e aturar manias e pilhas de louça na pia. E aí cada uma foi seguir sua vida a seu contento, e hoje só restam mesmo as boas lembranças do tempo em que acreditávamos nos sonhos. E eu, naquela época, acreditava no "para sempre".
E eu me lembro das risadas, das brincadeiras, dos momentos em que fui muito feliz; e eu já me esqueci de quantas vezes chorei por ser diferente dos outros, por ter essa "alma velha", por ter nascido na época errada. E eu ainda lembro das pessoas que eu admirava mudamente e com devoção, de como fazia de tudo para esbarrar com certas pessoas nos corredores da escola ou cruzar o olhar na igreja, e rezar para que me dirigissem a palavra (eu, sempre tímida, nunca tomava a iniciativa). Ainda lembro do medo de ter que mudar de escola quando a situação financeira apertou e o mundo despencou na nossa cabeça; lembro de ter ouvido que "as amizades nunca são para sempre" e quase ter respondido ao adulto que se dirigiu às minhas verdades absolutas daquela forma, a vontade de dizer que ele estava redondamente enganado nos seus julgamentos, que "se ele nunca teve amigos verdadeiros, azar! porque eu tenho". Verdade, eu os tinha... E hoje tenho outros. Amanhã terei outros e a amizade é eterna enquanto dura, já aprendi. Eu não me entendia, não entendia certos aspectos da minha alma que só aprendi a compreender há tão pouco tempo que às vezes tenho a sensação que saí da adolescência ontem. Há um ano e meio. E às vezes tenho a sensação de que eu nunca tive uma de verdade...
Eu era uma menina e, apesar de tudo, sempre fui madura demais, além da conta, exageradamente compreensiva e pacificadora. Quase não errava porque quase não me arriscava. Sofria pelas coisas de dentro porque mal me permitia viver e encarar as coisas de fora. Na realidade, eu não me arrependo, mas gostaria de ter mais lembranças coloridas, de um colorido psicodélico e vibrante. Eu era uma menina, uma criança com alma idosa, e era difícil me desprender assim. Eu era uma menina e não me culpo por ter tido medo e por não ter entendido, e por ter me fechado em mim.
E eu não quero que você seja assim. Não tenha medo de ser você exatamente como você é, não tenha medo dos seus sentimentos. E não tenha medo de ser menina por dentro também...
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Nina existe. Ela tem olhos de jaboticaba, uma risada escandalosa e vontades atrás de vontades. Cresceu de repente que eu nem vi, já está quase do meu tamanho e tem as idéias mais maravilhosamente loucas que eu já vi numa menina da sua idade. E eu tenho muito orgulho de ser sua prima.
13 comentários:
As palavras estão correndo de mim.. Assim não sei o que dizer...
Vai lá no blog, foi muito pouco o que eu escrevi, mais foi sincero. :D
Beeijo.
Enquanto eu lia o seus texto fiquei imaginando a minha doce e gostosa adolescência... encontro de amigos, sorrisos, filmes, pipocas, músicas, livros, poesias... nossa!! Um tempo que nem se volta, mas também não se perdeu, ficou na história, na minha história... nas palavras que flutuam por ai, cheia de sorrisos e alegrias. Hoje os momentos estão na ponta da caneta, nas pipocas, nos guaranás e no sorriso que ainda é de adolescente...
Lô, esse seu texto tá lindíssimo e gostoso de ler. Você me fez viajar em tempos nostálgicos e completamente felizes... Você fez com que eu me lembrasse das minhas histórias e momentos que por incrível que pareça são recentes...
Lindo demaais!!!!!!!
Beijooos e beijos pra vc!!!!
*Ah... Acho que agora Eunápolis tem muito mais lugares pra ir sábado a noite, não é?!! rsrsrsrsrs
BEijão, Flor!!
Um texto sincero com muitas verdades e ensinamentos, muito bela a homangem à Nina e a coragem de falar de si...
A parte da expulsão da sala foi absurdamente injusta! hahaha! Quando li que foi por causa de um livro acabei por rir, imagina, o único momento rebelde marcante na sala de aula foi por estar lendo huauhauhahua!
E não há o que se culpar, a gente é o que é, e de uma forma ou outra sempre há ganhos e perdas...
Bjos
Excelente texto!!! Excelente mesmo!
Leandro
PS: Fui lá no blog da Nina hehe
Eu sei que a Nina existe, mas o que me prendeu o texto todo foi a personagem Lorena e também a escritora. Aliás, escritora que, embora meio tímida, tem talento. Sabe armar as palavras e sabe usar de sua vida e escrever um texto brilhante, verdadeiro. É o seu talento, Lorena. Não me surpreendo que tenha sido uma menina tímida, adolescente que não deu trabalho e saía com amigos pra comer pizza. Você cresceu e é assim. Tem talento e escreve bem demais da conta e sou leitora de Lorena.
Agora vou te contar alguns segredos:
Danielle Steel é minha amiga de longa data. Já li um monte de livro dela. Nada melhor que um romance pra encher a tarde de conotivismo. Tem gente que tem medo de dizer que lê certos livros. Eu não. Adoro. E já fui a Alanis e a Dolores também. E estou relendo Dom Casmurro porque li numa época que sofria de paixonite aguda por um colega da escola e imaginava que ele era o Bentinho. E se pudesse ter te conhecido antes, gostaria de ter sido sua amiga.
Adorei, Lorena.
Escreva sempre e estarei aqui lendo o texto do tamanho que for.
Bjs.
E não ouvi ainda o novo álbum da Indigo Girls. Adoro as músicas delas.
Realmente, voltei pra reler, sabe mesmo usar as palavras e construir um grande texto... Puxa...
Pq não tenta escrever um romance? É sério...
Cabecinha: =**
Su: que bom que você gostou do texto, Su, e que não foi difícil de ler... E não se engane, Eunápolis não mudou NADA. Ainda hoje saímos pra comer pizza e dar uma volta na praça! hahahaha! beijos!
Leo: viu?? Não sou só eu que acho que fui injustiçada! Mas não culpo o professor, ele estava passando por um momento ruim... E depois, esse momento me marcou tanto que eu acabei comprando o livro (era emprestado) e relendo, esse ano! =P
Obrigada pelas palavras generosas, mas não sou capaz de escrever um romance... Ainda assim, idéias soltas não me faltam pra continuar escrevendo coisas, o que quer que elas sejam. =)
Lê: aiaiai... você tem o dom de me deixar sem palavras, seja com seus textos, seja com seus comentários...
Muito obrigada pelas palavras e por ver em mim algo que reservo para poucos, sendo você um deles. Estava comentando com o Leo que quero um livro seu, e eu falava sério. Eu quero ver um livro seu nas prateleiras de livrarias, quero ter o orgulho de ler o seu nome no alto da página e dizer "eu já a lia antes disso, já me lia nela antes disso". Fico sem reação com suas palavras. Obrigada mesmo.
E Danielle Steel... Não adianta, os livros são daquela pieguice boba que me faz chorar, acredita? O livro em questão, a razão da expulsão, então... Chama-se Um Longo Caminho Para Casa, e me marcou muito!
E Let, vc pode ser minha amiga hoje em dia. eu continuo a mesma. =) E eu vou te mandar o CD.
Eu sei que o texto é uma homenagem à Nina, mas se transformou numa auto-biografia excelente! Fiquei aqui lendo e visualizando todos os detalhes, te vendo em todas as situações como num filme!
Danielle Steel eu já li muito, mas esse que você falou ainda não, vou aproveitar a dica! \o/
Beijão, querida!
Eu poderia ter imaginado sua adolescência assim, exatemente assim, uma "strange little teenager". Eu fui bem diferente de você, fui aborrescente e gostava de músicas da moda. É muito legal ver pessoas como você, com uma "strange little soul", uma alma elevada desde sempre, que não precisou amadurecer, ou não tanto, pois já sabia o valor das notas musicais e dos sentimentos.
Que bom que você fez essa homenagem à Nina, porque nós fomos homenageados por você, é uma honra ter mais um pedacinho da sua história perto da gente.
E eu sou cada vez mais sua fã.
Beijinhos, lovely little girl.
parabens pelo post, parabens pelo teu blog. Todo, muito bom.
Maurizio
Sempre venho ler comentários. E sim, Lorena. Somos amigas hoje. :)
E adoro livro romântico. Nem só de livro cult vive o homem. Eu leio Danielle Steel.
Du: oh, Duzinha, obrigada pela palavras. Beijos!
Camila: sempre fui "strange", acho que desde que nasci... Fui exatamente assim. Mas isso de que a alma foi elevada desde sempre... Não é bem assim. Não considero uma vantagem amadurecer antes do tempo. Cada coisa deve acontecer na sua fase, e a adolescência deve ser a fase da imaturidade, sei lá... A pior conseqüência é o peso que os outros depositam nos seus ombros e você não sabe como se livrar dele, por causa das expectativas... Enfim.
Obrigada pelas palavras lindas, eu tb sou sua fã. =)
Maurizio: obrigada, vou passear na sua casa também. =)
Lê: nem mesmo. Eu sou uma que vive muito bem com uns Bridget Jones e Harry Potter da vida. =P
beijos!
Eu tive uma adolescência tranquila. Aprontei mais que você pelo que você descreveu aqui, mas nunca fui de dar trabalho, sempre fui reponsável e já cheguei a achar ter nascido na época errada também.
Bjitos!
"Eu era uma menina e, apesar de tudo, sempre fui madura demais, além da conta, exageradamente compreensiva e pacificadora. Quase não errava porque quase não me arriscava. Sofria pelas coisas de dentro porque mal me permitia viver e encarar as coisas de fora."
Me identifiquei muito com essa parte. Aliás, estou aqui sempre me identificando com você. Pena que eu não me identifique com esse seu grande dom para escrever. Sério! Poderia mesmo escrever livros.
Eu fico um tempo sem passar por aqui, mas quando venho e vejo o monte de textos novos, fico muito feliz.
Ah, eu também já li Danielle Steel. Mas não me lembro dos títulos dos livros.
Já quiz ser chiquitita também...rsrs
Beijos!!
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